"É o que se busca, o que se espera, o que se procura na visão do equilíbrio entre virtude e compromisso, na afirmação entre crença e verdade.
É fé o que se quer. É fé o que se vê. A fé dos benditos, das incelências, das festas do Divino, dos 31 dias de maio, do fogo a Santo Antônio, São João e São Pedro, dos meses de Santana. A fé das romarias, das voltas na estátua do Juazeiro, do caminho das procissões, da dor dos penitentes, das danças do reisado. Sagradas, sangradas, seladas, sertanejas. Vidas de fé.
Salve, santo; salve, santa; senhores e senhoras nossas. Das Candeias, do Perpétuo Socorro, das Dores, das Graças. Salve a graça! Salve o sertão e o homem que luta. Salvem-se os que rezam justos, juntos, montados a cavalo, comungando fé, vestindo gibão, coroados com chapéu. Salvem-se todas as missas que sossegam a lida; salve Raimundo Jacó, salve Gonzaga nascido de Januário. Salve o Padre Cícero, padrinho. Salvem-se as santas almas vaqueiras invocadas pelo poder de dona Raimunda de Trindade, parteira e benzedeira.
...A missa de Serrita é pedaço, parte, retalho vivo de fé sertaneja. O todo é cobertura imensa de sentimento espalhado, compartilhado. O todo é lida, roupa, canto, ferro, história. "O sertão está em toda parte". "
Acima, camisa pintada a mão, Santo Antônio.