segunda-feira, 20 de junho de 2011

Livros - Os Grandes Companheiros

Resolvi participar dessa brincadeira que alguns blogueiros andam publicando. Conheci esse meme no blog Colheita de Girassóis da amiga Celina, que me enviou o questionário para que eu participasse. Também sou um amante dos livros e por isso é um prazer responder essas perguntas como também ler as respostas dos colegas blogueiros.


1. Existe um livro que você leria e releria várias vezes?


Quando gosto de um livro acabo relendo outras vezes. Muitas vezes nem releio todo, pelo menos alguns capítulos, ou momentos interessantes da narrativa, os quais marcaram mais a minha primeira leitura. Acho que quando um livro é bom você acaba absorvendo mais alguma coisa quando relê. Existem vários que eu citaria que estou sempre relendo. Mas vou citar dois que que fiz releitura nos últimos dias: Vanguarda e Subdesenvolvimento de Ferreira Goulart, que é um daqueles que quanto mais se lê mais se absorve entendimento, e Cartas a Théo - Vicent Van Gogh.


2. Existe um livro que você começou a ler, parou, recomeçou, tentou e tentou, mas nunca conseguiu ler até o final?


Sim, alguns. Ensaio Sobre a Cegueira de José Saramago, que é um livro excelente, mas não consegui ler devidamente porque fiz a besteira de assistir primeiro o filme, aí ficava associando durante a leitura as imagens e os personagens do filme, achei que isso prejudicava a leitura, acabei deixando o livro de lado. No futuro quando não tiver mais lembranças do filme eu volto a lê-lo. E outro foi Do Espiritual na Arte de Wassily Kandinsky, achei de difícil leitura e noutras tentativas acabei descobrindo que não concordava mesmo com suas teorias, por isso não consegui ler.


3. Se escolhesse um livro para ler para o resto da vida, qual seria ele?


Essa é a pergunta mais difícil de responder. Tenho vários livros prediletos por vários motivos. Escolher um para o resto da vida é complicado. Vou responder que qualquer um dos meus prediletos.


4. Que livro você gostaria de ter lido, mas que, por algum motivo, nunca leu?


Grandes Sertões Veredas de Guimarães Rosa, já tive ele em minhas mãos mais de uma vez e não li, por falta de tempo naquele momento. Não me perdôo por isso, mas sempre afirmo que ainda vou ler.


5. Qual livro você leu cuja "cena final" você jamais conseguiu esquecer?


Li muito jovem o Cléo e Daniel de Roberto Freire, e o fim me impressionou muito. Talvez agora nem iria me impressionar, mas me marcou. E recentemente Leite Derramado de Chico Buarque, não porque o final é surpreendente, pelo contrário, o final é óbvio desde o começo do livro, mas foi pela maturadidae e coerência que o livro se encerra que fiquei encantado.


6. Você tinha o hábito de ler quando criança? Se lia, qual tipo leitura?


Lia sim. O primeiro livro na infância foi Reinações de Narizinho do Monteiro Lobato, que ganhei de um primo. E lia muito gibis de Walt Disney e Tex, quadrinhos de faroeste da Bonelli Comics. Até hoje gosto de faroeste e ainda assisto os clássicos antigos do gênero. Na pré-adolescência li o primeiro livro que eu considerava ser de adulto, peguei de um cunhado e me senti um homemzinho por isso, foi O Colecionador de Jonh Fowlers.


7. Qual livro você achou chato, mais ainda assim leu até o final?


On The Road de Jack Kerouac, li todo mais sem entusiasmo nenhum, diferente dos críticos. Acho que li na época errada, questão de geração, sei lá, não gostei.


8. Indique alguns dos seus livros favoritos.


-Diário de Um Ladrão de Jean Genet


-O Ovo Apunhalado de Caio fernando Abreu


-Estorvo de Chico Buarque


-Todos os Nomes de José Saramago


-Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos de Rubem Fonseca


-Memória de Minhas Putas Tristes de Gabriel Garcia Marques


-A Metamorfose e o Artista da Fome de Franz Kafka


-Dali o Bufão Surrealista de Maryle Secrest


São tantos, é melhor parar aqui. Tenho certeza que vou me arrepender de não ter colocado alguns outros, mas vou deixar esses que me vieram na lembrança agora.


9. Qual livro você está lendo agora?


Manual de Pintura e Caligrafia de José Saramago, e estou adorando.


10. Indique outros blogs ou blogueiros para participar desse desafio.


Indico a todos que se interessarem. Posso reencaminhar o meme a quem desejar.


Camisa - Bicho de Pé



Essa camisa eu pintei alguns dias atrás a pedido do Daniel Perroud, baixista da banda Bicho de Pé, inspirada na capa do novo cd deles, cujo título é A Vida Vai. Na verdade é uma nova leitura para o desenho encomendado pra capa.

Para quem não conhece e quer conhecer, escutar os cd's e assistir aos vídeos da banda, aqui vai o link para o site da Bicho de Pé: www.bichodepe.com.br . Lá é possível saber tudo sobre eles e escutar todods os cd's. Vale a pena, a galera manda muito bem, um som de muita qualidade com um vocal delicioso de escutar. É um grupo paulista que compõe e toca música regional brasileira, com ênfase nos ritmos do norte e nordeste, como xote, baião, forró, xaxado, samba, maracatu, e por aí vai. Espero que vocês gostem.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pintura Popular e Arte Ingênua

Quando falo que faço Pintura Popular Brasileira, tomo como base alguns conceitos que povoam meu humilde conhecimento sobre arte. Um desses conceitos seria a forma teórica de conseguir enquadrar a pintura contemporânea a esse mundo dominado pela cultura Pop, desvinculando-a do elitismo que a acompanha desde os primórdios, e assim colocando-a ao alcance de todos. Mas isso pode ser tratado em outro post, pois neste quero tratar mais profundamente de um conceito mais preciso ligado a cultura e a arte ingênua.

Primeiro, como definir cultura ingênua? Seria uma cultura que além de incorporar valores e idéias amplamente difundidos pela mídia de massa, ainda mistura a isso fantasia, superstições e expressões intensas do inconsciente. É o que se chama, geralmente de cultura popular. É uma cultura complexa, principalmente por expressar não só a atualidade do nosso mundo, como também o misticismo que povoa o mundo que é criado por seus artistas e suas experiências vividas. Quando o pintor se enquadra nessa cultura ele é chamado de primitivo, naif ou ingênuo. Eu diria que sua arte é a pintura popular.

Nessa cultura o artista não assume a posição de intelectual, aquele que possui o conhecimento verdadeiro, embora que em relação a ela, o artista ingênuo é um homem culto por ter o domínio completo de sua expressão cultural e atingir uma totalização dessa expressão que a arte erudita ou intelectualizada raramente consegue.

O artista popular, geralmente é autodidata, e utiliza o experimentalismo, a liberdade dos traços e da composição, valorizando as manifestações populares e o artesanato com seus princípios genuínos e tradicionais. Esse artista não é só encontrado nos meios rurais ou periféricos, também habitam as grandes cidades. Apesar da cultura urbana ou metropolitana muitas vezes destruir, modificar ou sufocar as culturas periféricas, existem pessoas que lá habitam mas que não perdem as suas origens culturais, as quais sobrevivem mesmo modificadas ou influenciadas por elementos oriundos dos grandes centros.

A valorização da arte popular é a valorização de um princípio fundamental da arte, muitas vezes esquecido pela sofisticação estética. A arte popular além de presentear o mundo com sua expontaneidade e sua expressão rica de informações e fantasias, prova que não é erudição que produz arte.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

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