Montar a loja do ateliê na internet, além de dar uma trabalheira danada, operou alguns milagres importantes. Organizar um catálogo do meu trabalho foi um desses milagres. Fotografar todos os desenhos e pinturas, classifica-los tematicamente e esteticamente, e qualifica-los por produtividade e aceitação. É isso mesmo. Dessa forma. Tô maluco não. Tratamento de mercadoria pra tudo que estou produzindo no ateliê (isso já é assunto pra mais um post).
É claro que na construção do catálogo ficaram lacunas deixadas por criações perdidas por falta de registro, e que não lembro que fiz ao longo desses anos. Esse número acredito que não seja pequeno. Outros números foram levantados, alguns comprovados e outros estimados, baseado na produção registrada nesses anos, como por exemplo, o número de camisas pintadas a mão nos últimos dez anos, algo em torno de 54.000. Cálculo feito em cima de registros de produção e de venda. Temas como Banda de Pífano renderam mais de 1.000 peças, e cerca de 150 desenhos foram classificados como produtivos, ou seja, desenhos que não podem faltar no estoque, e que vão sendo aperfeiçoados, alimentados e cuidadosamente tratados, ganham autonomia, vida própria e são responsáveis pela multiplicação desses números.
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